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Mostrando postagens de 2010

Depravação total – Soteriologia Reformada

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Renan Almeida “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”  (Ef 2:1-3) Todas as religiões e filosofias humanas, com exceção do cristianismo,tem apregoado que o homem pode se aperfeiçoar por esforços próprios. O que é a penitência senão a tentativa de auto-justificação? A filosofia sempre tenta colocar o homem como centro do universo, capaz de escolher seu destino e melhorar a si mesmo. Todos esses pensamentos, a princípio, parecem maravilhosos, mas quando olhamos para as Escrituras vemos o quão vãos são esses pensamentos. Somente através das Escrituras, podemos compreender a Depravação do homem. Pelas Escrituras, compreendemo

I Tessalonicênses - Uma Introdução

Fabio Farias "Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus. Porque o nosso Evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por Amor a vós." (I Ts 1.4-5 - ARC 1978) Esta carta foi escrita num período em que Paulo encontrava-se em Atenas (I Ts 3.1), cansado por causa das muitas perseguições e debates em Filipos, Tessalônica, Beréia (I Ts 2.2) e inclusive em Atenas (At 17.22-33). Nesse período turbulento de sua vida, Paulo, o apóstolo dos gentios, mergulha no Amor Divino (que é dom de Deus, o qual ninguém pode praticar, senão aquele a quem Deus concedeu segundo Sua vontade), na gratidão a Deus em relação aos frutos que estavam sendo gerados em Tessalônica e na Graça Futura que havia de trazer redenção para ele (que estava cansado e perseguido) e para seus discípulos em Tessalônica (que estavam sendo perseguidos, e alguns mortos), como ele afirma em I Ts 4.17

5 pontos do calvinismo – soteriologia Reformada

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Renan Almeida Quando falamos de doutrina soteriológica, estamos tentando compreender a forma pelo qual o homem é salvo. A palavra é formada a partir de dois termos gregos Σοτεριος [Soterios], que significa "salvação" e λογος [logos], que significa "palavra", ou "princípio". Dentro da “doutrina” soteriológica existem pelo menos duas correntes principais de pensamento. A primeira corrente seria o monergismo/calvinismo  que acredita que Deus não depende em nada do homem para poder salvar o mesmo  uma vez que ao Senhor pertence a salvação (Jn 2:9) e a segunda corrente e que atualmente é a mais aceita é o sinergismo/arminianismo que acredita que Deus não pode salvar o homem se este não quiser. Ainda que os sinergistas não assumam, mas essa colocação acaba por excluir a soberania de Deus. Esse é um tema muito complexo e que não agradará a muitas pessoas, mas penso que isso não importa, o importante é que as Escrituras Sagradas sejam ensinadas tal como el

Lembrai-vos da mulher de Ló - J.C. Ryle

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J.C. Ryle "Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lucas 17.32, ACF) (Lc. 17: 32) * * * Há poucas advertências na Escritura mais solenes que esta. O Senhor Jesus Cristo nos diz, "Lembrai-vos da mulher de Ló." A esposa de Ló professava a verdadeira religião: seu marido era um "homem íntegro" (2 Pedro 2:8). Ela deixou Sodoma com ele no dia da sua destruição; ela olhou para trás, em direção a cidade, em desobediência a ordem expressa de Deus; ela morreu imediatamente, transformando-se em uma estátua de sal. E o Senhor Jesus Cristo a utiliza como exemplo para Sua igreja; Ele diz: "Lembrai-vos da mulher de Ló". É uma advertência solene, quando consideramos a pessoa que Jesus menciona . Ele não nos convida a lembrar de Abraão, ou Isaque, ou Jacó, ou Sara, ou Ana, ou Rute. Não! Ele escolhe alguém cuja alma estava perdida para sempre. Ele clama a nós: "Lembrai-vos da mulher de Ló". É uma advertência solene, quando nós consi

Soteriologia Reformada – Uma introdução

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Renan Wilkerson Aqueles que se interessam pela história da igreja (primitiva, medieval e contemporânea) devem perceber que existem doutrinas bíblicas que em alguns momentos são esquecidas pelos mais diversos motivos e que tais doutrinas, muitas vezes, são ressuscitadas posteriormente. Há alguns anos eu jamais imaginaria que viria a ter contato com o Calvinismo, para falar a verdade, eu nem fazia ideia do que seria essa bela doutrina. É verdade que a doutrina calvinista ainda assombra muitas pessoas, muitos olham para tal doutrina com muita desconfiança, mas penso que é melhor olhar com desconfiança e estudar para depois aceitá-la do que aceitá-la sem uma análise aprofundada da situação (isso se aplica a qualquer doutrina). Os mais diversos líderes, inclusive da Assembleia de Deus, meio que temem tal doutrina, tanto é que há algum tempo atrás, uma revista publicada pela CPAD tratando acerca da Soberania de Deus fez questão de tentar derrubar tal doutrina, no entanto sem sucesso.

Pelágio e o Livre-arbítrio

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Gordon Clark Pelágio, um monge britânico de aproximadamente 400 d.C, de todos os escritores professamente cristãos antes do século vinte, patrocinou as teorias mais extremas e mais anti-bíblicas de regeneração e conversão. Agora, uma teoria aberrante de regeneração logicamente afeta a descrição da graça, da expiação e de todas outras doutrinas. Assim, Pelágio afirmou o livre-arbítrio e negou a depravação. A idéia de arrependimento deve ser alterada também, e assim, também a da santificação. Não somente um princípio errado afeta logicamente o corpo todo da teologia procedente dele, mas, além disso, há efeitos históricos. Agostinho, em sua defesa da graça, preveniu a igreja ocidental de se tornar inteiramente Pelagiana, mas, todavia, ela se tornou semi-Pelagiana. Então, em tempos modernos Armínio retornou, talvez mais do que ele mesmo percebeu, do Calvinismo Reformado para o semi-Pelagianismo de Roma. Por conseguinte, Pelágio ainda influencia a teologia hoje. A teologia da Refor

Lembrando-se do Criador – Uma mensagem aos jovens

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Renan Almeida Existe um livro nas Escrituras Sagradas, no qual o escritor deixa transparecer a própria frustração, mas também demonstra a maturidade ao qual chegou. Qual o nome dele? O nome do livro é Eclesiastes e o nome do escritor é Salomão. Os menos avisados (lê-se “os que não lêem a Bíblia) vêem Salomão como uma figura heróica, filho de Davi, ancestral do Messias, construtor do Templo de Jerusalém e muitos outros adjetivos de grande valor e, de fato, ele foi tudo isso. No entanto, não analisar os lados “ruins” de tal indivíduo é tentar se enganar acerca da humanidade do mesmo, tal como nós somos, ele era humano e pecador. Quando iniciamos a leitura do livro de Eclesiastes percebemos inúmeros questionamentos acerca do prosseguimento das gerações, a validade do trabalho humano, os ciclos da natureza, enfim um relacionamento entre as repetições do passado no tempo presente. Essa é uma das melhores demonstrações da frustração. Mas por que o Pregador* usa tais termos no começo do

O Salmista Asafe destrói a argumentação de Edir Macedo. [ Parte 2]

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Renan Almeida Na postagem anterior , me pus a analisar o desabafo do Bispo Edir Macedo e nessa postagem tentarei prosseguir nessa análise. O desabafo do pretenso bispo pode ser encontrado na íntegra aqui no blog  (postagem anterior)   ou no blog do pregador heterodoxo (lê-se herege). Mansão do sr. Edir Macedo, mansão esta avaliada em R$ 6.000.00 [...]“E se a santidade deles é tão acentuada assim, por que não são tão abençoados por Deus como gostariam? Seria Deus injusto para com eles? Que Deus é Esse que abençoa um “bandido” e amaldiçoa os certinhos?  Ou será que mesmo na integridade eles não conseguem sucesso porque são incompetentes? E não seria tamanha incompetência a verdadeira razão da inveja? Vale o pensamento de Theodore Roosevelt: Não é o crítico que conta: o crédito pertence ao homem que está realmente na arena, cujo rosto está sujo de poeira, suor e sangue; que se esforça corajosamente; que fracassa repetidas vezes, porque não há esforço sem obstáculos, mas que r