Um amor Infinito e Eterno

Renan Almeida

Daqui alguns instantes se iniciará aquilo que se convencionou chamar de “dia dos namorados”. O que tenho a dizer sobre o dia dos namorados? Eu não tenho por costume comentar ou mencionar datas comemorativas seculares, mas penso ser interessante falar sobre o assunto de forma bíblica e “descontraída”.

Quero iniciar essa postagem com a indicação do filme “Um amor pra recordar”. Por que indico esse filme? Porque ele é ideal para tratar do assunto “namoro”. Em sintese, o filme conta a história de Landon Carter, um jovem irrecuperável e Jamie Sullivan, uma jovem cristã “comum”. Após numerosas “indas e vindas”, Landon se apaixona por Jamie. Eles começam a namorar, vivem momentos incríveis juntos, até o momento que ele descobre que sua amada morrerá, pois a mesma sofre de leucemia. Leucemia resistente aos tratamentos.

O mundo daquele jovem, antes tão cheio de si, desaba. Aquela garota tinha muitos sonhos e Landon realiza todos eles. Ele sabia que ficaria viúvo cedo, mas casa-se com Jamie e juntos vivem o verão mais felizes de suas vidas. Eu disse verão? Sim! Após casada, ela viveu apenas mais 3 meses. Qual a moral do Filme? Que mesmo após a morte de sua amada, o amor que ele sentia permanecia intacto.

Lindo não? Temos uma infeliz tendência a considerar tais coisas como lindas, mas olhamos com o sentimento de que aquilo é uma utopia e que jamais alcançaremos tal coisa. Informo que se o seu amor for incapaz de vencer as dificuldades,dores e/ou então o que você sente não é amor.

Tenho visto o desgaste do mais puro sentimento, digo, não é o sentimento que se desgastou. O amor permanece sendo o mesmo, sempre se doando, crendo, esperando e suportando pacientemente. Continua sem sentir inveja e a desejar o bem alheio. Esse é o verdadeiro amor. Me recuso a crer que o amor se desgastou, creio apenas que os homens (indivíduos) não sabem mais a diferença entre sua mão esquerda e sua mão direita e consequentemente não sabem a diferença entre amor e paixão, paixão doentia, sedutora, inflamada por desejos e sedenta de prazer, mas que, paradoxalmente, se nega a doação, pois é egoista.

Tenho o costume de fazer um questionamento ao entrar em uma relação. Questiono à minha companheira em potencial (provável futura companheira) se o que ela sente se encaixa na descrição de I Co 13. Não posso esperar do amor menos do que aquilo que as Escrituras me ensinam. Seria eu um sonhador? Seria eu utópico? Então que eu sonhe e me delicie com a santa utopia.

Creio em um amor que sofre, que crê, que espera, que suporta, que é fiel, humilde, decente, justo e verdadeiro. Creio no amor que silenciosamente, assim como uma brisa, passa em nossas vidas nos dando certeza de que - apesar de invisível – ele faz seu papel.

Para os “apaixonados” de plantão, faço um questionamento: você ama sua companheira ? Espero que tenhas a hombridade necessária para falar a verdade. Talvez você sinta que ama, mas faço-te alguns questionamento muito seriamente. Se a pessoa para o qual você diz “Te amo”  tivesse um caso gravíssimo de Câncer, você continuaria com ela? se você descobrisse que sua parceira  não pode ter filhos, ainda a amaria? Se descobrisse que sua parceira fora vitima de abuso na infância, ainda amaria? Sofrerias por ela e com ela? Se a vida dela estivesse em risco, terias coragem de trocar a vida dela pela sua? Se você disse um “Não” para qualquer uma desses questionamentos, sinto informá-lo que você não ama sua companheira.
Prossigo em meus argumentos. Se sua namorada ficassa tetraplégica, cega, surda ou com qualquer problema de saude grava... o que você faria? Permaneceria com ela até o fim ou escolheria outra mulher que estivesse “inteira” e diria para essa última “Te amo” (não se esqueça que isso seria hipocrisia. Você amava a outra, como já ama essa última? As Escrituras ensinam que o amor jamais acaba)? Continuas tendo duvidas ou respondendo “não” em algum desses caso? Então faça um favor para você e para sua companheira: acabe esse relacionamento.

O verdadeiro amor não busca interesses próprios. O homem que ama não busca ser completado, busca completar. Busca ser bom amigo, bom cônjuge, bom pai, bom marido (Sim! Aquele que ama busca um relacionamento sério). O amor não se foca em “Sexo”, mas sim no brilho do olhar de sua amada; nas alegrias, tristezas e frustrações de sua princesa; o homem que ama é aquele que está sempre disposto a ouvir e que se alegra com um simples 'oi' de sua companheira. Ele não se completa ao receber carinho, mas sim ao dá-lo. Seu desejo é fazer sua companheira (namorada) feliz e não “espoliá-la” em suas emoções.
O amor não aponta para posse, aponta para interdependência. O amor não se baseia em ordens “escravistas”, mas em gestos singelos de renúncia, apreço, dedicação e de completa entrega ao alvo do seu amor. Perto ou longe, continua amando e sendo fiel. Quando perto considera melhor, mas quando longe vê-se na obrigação de ser fiel. O verdadeiro amor mantem sua palavra. O Verdadeiro amor não é infinito enquanto dure, mas é “eterno enquanto vivos”.

O amor não é e não pode ser analisado pelos sexólogos, afinal amor não é sexo e tolo é o homem que pensa que é – tal homem jamais soube o que é amar ou ser amado. O amor é a música dos poetas e a motivação dos guerreiros. Pelo amor os poetas choram e escrevem suas poesias e, pelo mesmo amor, os guerreiros sonham em retornar vivos à pátria afim de encontrarem-se com suas amadas.

Ontem fui chocado pela realização de uma utopia. Recebi o vídeo da música “What are words” de “Chris Medina”. Chris Medina é um norte-americano que havia combinado de se casar com sua namorada 2 anos após o noivado. Eles noivaram e antes que chegasse a época do casamento, houve um acidente que danificou o cérebro da jovem. Chris Medina abandonou sua noiva? Não! Ele continua com ela, cuidando dela... cumprindo os votos do “na saúde e na doença até que a morte nos separe” e isso ele faz sem ter subido a um altar e jurado perante uma multidão. Como ele afirma na música “Que tipo de cara seria eu se te abandonasse no momento em que mais precisa de mim?”. Isso é amor.

Continuarei crendo no amor. Crendo que a família não é uma instituição falida, pois foi instituida por Deus e Deus cuidará dessa instituição. Continuarei confiando de que há perfeição impar no amor. Não confundirei a paixão e o amor... a definição é clara... engana-se quem quer, mas eu me dedicarei na busca daquela por quem e para quem me doarei. Penso que já a encontrei e espero a confirmação do Rei e você?



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