Uma certeza na existência humana

Renan Almeida

Dia 5 de outubro de 2011, morre um dos maiores gênios que esse mundo já viu: Steve Jobs. Esse homem fundou a Apple, Empresa que viria a ser uma das maiores no setor de tecnologia do mundo; empresa que nasceu na  garagem dos pais adotivos desse gênio. Ele revolucionou o mundo da computação em pelo menos 3 áreas distintas (computação pessoal, música e telefonia) e que se tornaram um padrão de referência no mercado. Esse homem genial foi, sem sombra de dúvidas, único em seu campo de atuação, foi o melhor naquilo que decidiu fazer ainda que todas as situações se mostrassem contrárias a ele. Não foi criado por pais ricos, mas foi um visionário e por sua ampla visão fez com que a Apple se tornasse um império. Morreu com 56 anos, provavelmente vítima do câncer de pâncreas contra o qual ele batalhava desde 2004.
A visão de Jobs e sua capacidade de insistir e lutar por aquilo que acreditava seria uma situação extremamente interessante para iniciar nesse momento uma pregação sobre a “teologia da prosperidade” e dizer que se você tiver visão, você galgará maiores alturas, mas não farei isso. Meu interesse aqui não é mentir, mas sim confessar a verdade em todo tempo... o que desejo nesse momento é falar da linha que une a todos os homens: a morte.
Levo em minha Bíblia, uma foto de quando eu tinha cerca de 2 ou 4 anos de idade e estava sentado na região do pescoço do meu pai; minha mãe tem alguns albuns de fotos que tem fotos minhas vestido como papai noel, no zoológico, festa de dia do indio, reunião de pais e atividades similares. Trago daquele tempo algumas lembranças muito vívidas e outras que se esvairam conforme o tempo passou e das quais apenas tenho conhecimento porque alguém me fez saber de tais fatos.
O tempo passou sem me pedir permissão e sem pedir permissão a qualquer um dos bilhões de habitantes do planeta. O tempo é um hóspede insentato e insensível, não se preocupa conosco, mas apenas com a missão dele; traz em seu escopo a velhice do ser humano e consequentemente a morte.
A morte é um dualismo, para o cristão ela é a junção da amizade e da inimizade. Consideramo-na como inimiga, pois ela não faz parte do Plano original (ainda que o mal e a morte apenas permaneçam porque Deus não decretou o fim deles, por enquanto) de Deus, no entanto ela se faz nossa amiga porque ela é a carruagem que nos leva para os braços do Eterno .
Falar da morte e da velhice não é fácil. A morte é o dualismo e a velhice é a insegurança e o cansaço. Insegurança porque é fruto do tempo e não sabemos quando o tempo cessará para nós e o cansaço, pois por toda nossa vida somos obrigados a correr atrás do vento. Não nos unimos pelos laços da velhice, pois uns envelhecem e outros morrem antes de envelhecer, mas todos morrem e isso é incontestável. Para que ou para quem morremos?
Steve Jobs, ao discursar para os formandos da Universidade Norte-Americana de Stanford, fez uma citação que dizia “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia você acertará”. Quanto tempo você viverá? por quanto tempo você poderá sorrir para os seus filhos ou elogiar a pessoa que você ama? por quanto tempo você poderá ser atuante no campo que você escolheu? você viverá até as 16:00 h do dia de hoje? Spurgeon costumava dizer que “Se chegaremos em casa hoje é única e exclusivamente uma questão ligada a Soberania de Deus e seus Eternos Decretos”.
Meu coração tem se preocupado pelo vazio da igreja nesses tempos dificeis. A Igreja não vive como se cada dia fosse o seu último na terra e e um dia para ser mais atuante. A Igreja dos primeiros séculos criam que Cristo voltaria a qualquer segundo e a Igreja moderna acredita simplesmente que Cristo virá um dia. Que dia é esse? não poderia ser o dia de hoje, nos próximos 10 minutos ou antes disso? Qual a última vez que você ouviu um pregador falar acerca da morte de maneira sincera?
Jobs repousa... em paz? não sei... desconheço a manifestação da Soberania de Deus nos últimos instantes de vida desse gênio da humanidade. Por que perguntar se Jobs está nos braços do Eterno? Para ele, cessou a esperança. O sol se pôs para Jobs pela última vez; Ele viu o sorriso da própria esposa e dos filhos  por uma última vez e nada ele levou. Não levou nem mesmo o amor dos seus entes queridos, pois naquele lado do túmulo não há lembrança do que ocorre ou ocorreu aqui.
O destino de Steve Jobs foi selado e o seu? se preocupe por alguns instantes com o destino eterno que você tem assinado com sua própria decisão e permita-me dizer, por mais arminiano que isso possa parecer, que você pode retirar o selo de destruição eterna. Ora, poderás alegar que o selo é firme e que nada pode removê-lo... então te suplico que apeles, implore e clame pela misericórdia do Eterno Deus e que o sangue de Cristo seja colocado entre ti e teu destino de destruição para que então você seja salvo.
Que o Juízo quando for estabelecido, independentemente de você ser um pré-tribulacionista ou pós-tribulacionista,  você se apresente diante do Eterno Deus e possa dizer “Senhor, por tua misericórdia cheguei até aqui... te agradeço pelo sacrifício que por mim foi feito. Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé e nada mais quero senão te adorar pela eternidade”.
Para o além túmulo irão todos. Para lá irão os cristãos e os impios; gênios e medíocres; ricos e pobres; brancos e negros e absolutamente nada daqui levarão. Não te esqueças que não importa qual a ordem do Encontro com Cristo. Não importa se Ele virá primeiro ou se você irá ao encontro dele, mas o fato é que esse encontro terá que ocorrer e espero que seja para a alegria da tua alma e não para tristeza e desgosto eterno da mesma. Que Deus seja Louvado. Maranata.



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