Spurgeon: O Outro Peregrino
Allán Roman*
A neve caia enquanto o vento vindo do oceano uivava e cortava as pedras como uma espada afiada. Há poucos ventos que sejam tão frios quanto os que se originam na Inglaterra no mês de Janeiro, vindos do Mar do Norte. Inclinando sua cabeça, buscando proteger-se do clima hostil, um frágil adolescente tentava dificultosamente prosseguir o seu caminho. Queria chegar logo ao seu destino naquele domingo. Era cedo.
O que motivaria um rapazinho da época vitoriana, de apenas quinze anos de idade, à sair num dia como aquele? Definitivamente não podia haver nada que fosse suficientemente atrativo em Colchester, Essex, para que enfrentasse com coragem uma tempestade assim em algum dia de semana, muito menos, em um domingo, destinado ao descanso.
O
jovem
se
deteve
e
contemplou
a
neve
girando
na
rua.
O
frio
era
extremo.
A
igreja
a
qual
pretendia
dirigir-se
ainda
estava
muito
distante.
Nesse
momento
lembrou-se
que
sua
mãe
havia
comentado
acerca
de
uma
pequena
igreja
localizada
na
antiga
rua
Artillery,
cerca
de
quatro
passos
adiante.
Pensou:
“a
igreja
que
pretendo
ir
ainda
está
a
uma
distância
considerável;
portanto,
vou
ir
para
a
capela
que
minha
mãe
havia
falado”.
Uma igreja?! Estava indo a uma
igreja?! Um adolescente normal caninhava em meio a uma tempestade de
neve e batalhava contra o vento cortante para ir a uma igreja num
horripilante dia de Janeiro? Certamente há toda uma história por
detrás de tudo isso! E realmente... Há!
Charles,
pois
esse
era
seu
nome,
havia
decidido
que
visitaria
cada
uma
das
igrejas
da
cidade
em
que
vivia
-
Colchester,
uma
pequena
comunidade
à
uns
setenta
quilômetros
ao
noroeste
de
Londres,
no
condado
de
Essex.
Ele
desejava
encontrar
a
resposta
que
buscava.
Tinha
que
encontrar
a
resposta.
Esclarecemos
que
na
Inglaterra
de
1850,
um
adolescente
de
Essex
ir
na
igreja,
não
era
surpreendente.
Em
1850,
os
ingleses
vitorianos
eram
notadamente
religiosos.
Os
historiadores
estão
de
acordo
em
que
a
religião
permeava
cada
estrato
da
sociedade.
Mas
visitar
cada
uma
das
igrejas da cidade, especialmente se
envolvia sair num dia como aquele, não era normal, mesmo para os
ingleses vitorianos.
Qual resposta Charles buscava?
Tudo
começou
alguns
anos
antes,
quando
o
menino
Charles
entrou
num
quarto
do
andar
superior
da
casa
de
seu
avô
paterno,
que
era
um
pastor
protestante
-
pregador
congregacional.
Nesse
humilde
quarto,
o
menino
descobriu
uma
cópia
de
O
Peregrino,
de
João
Bunyan;
folheou-o,
e
esse
clássico
ascendeu
nele
uma
centelha
de
preocupação.
Este
livro
pôs
um
novo
peregrino
no
caminho.
Como
o
personagem
de
Bunyan,
Cristão,
Charles
esforçava-se
para
abandonar
a
Cidade
da
Destruição
e
alcançar
a
salvação.
A
resposta
que
procurava
encontrava-se
na
sua
conversão
a
Cristo.
Ele
havia
fixado
sua
visão
na
Cidade
Celestial,
e
não
desistiria.
Mas apesar de buscar a salvação
por todos os meios, não encontrava a paz da redenção. Não
obstante, carregava um fardo pesado em seus ombros. Tinha que
encontrar o perdão e o descanso. Suas leituras dos “puritanos”
haviam engendrado, a culpa, a angustia e a miséria
em sua alma. Queria desvencilhar-se do fardo e depositá-lo no
“sepulcro aberto”. Tinha uma esperança firme. Sua herança
puritana havia lhe ensinado isso. Pensava com esperança: “Certamente
algum bom pregador me dirá como ser salvo, e como remover esta culpa
e este sentimento de pecado.”
Foram nessas circunstâncias que
recordou que sua mãe lhe havia pedido que fosse à igreja metodista
localizada em Artillery Street. Sua mãe havia orado com muita
frequência pela conversão dos seus filhos. Charles cita-nos uma de
suas orações: “Recordo que em certa ocasião, minha mãe orou
assim: 'Se agora, Senhor, meus filhos permanecerem no seu pecado, não
será devido a ignorância que perecerão; e minha alma dará um
decidido testemunho contra eles no juízo, se não agarrarem-se a
Cristo.' Essa ideia transpassou minha consciência e sacudiu meu
coração”.
Entrou
na
igreja
onde
se
encontravam
somente
umas
quinze
pessoas.
Sentou-se
ás
umas
cinco
ou
seis
cadeiras
da
entrada.
Inclinou
sua
cabeça,
nem
tanto
pelo
frio
da
tempestade,
senão
por
causa
do
miserável
fardo
de
seu
coração.
Como
era
de
se
esperar,
o
pastor
não
pode
estar
naquele
dia;
assim
que
um
membro
qualquer
da
congregação,
um
homem
alto
e
magro,
ocupou
o
púlpito
e
leu
Isaías
45.22
“Olhai
para mim,
e sereis
salvos, vós,
todos os
termos da
terra; porque
eu sou
Deus, e
não há
outro”.
Charles nos
diz que
este indivíduo
revelava uma
completa falta
de educação.
Era tosco
em seu
discurso, quase
insuportável para
alguém que
possuía ouvidos
refinados para
a poesia.
Nem sequer
conseguia pronunciar
corretamente as
palavras. Aos
seus quinze
anos, Charles
era sofisticado
intelectualmente. Mas
subitamente, de
maneira inesperada,
aconteceu!
A
luz
brilhou
ao
derredor!
Parecia
que
o
próprio
céu
havia
decido.
A
salvação
de
Cristo
brilhou
em
toda
a
sua
plenitude.
Nessa pequena capela metodista primitiva, e com a
pregação de um homem sem educação, começou uma peregrinação
ministerial que nenhum dos presentes poderia sonhar nem com a mais
descabelada imaginação.
Quatro anos mais tarde, na idade de 19 anos, Charles Spurgeon recebeu o convite para ser o pastor da histórica Capela de New Park Street, na cidade de Londres. Notáveis cristãos como Jonh Gill, Benjamin Keach e Jonh Rippon haviam servido como ministros dessa famosa congregação. Durante 37 anos Spurgeon pregou ali, reunindo a maior igreja evangélica do mundo até então.
Através dos anos, os elevados elogios em honra do jovem
pregador são quase inacreditáveis. Davenport Northrop, um
contemporâneo de Spurgeon chamou-lhe de “o más célebre pregador
de todos os tempos modernos... a figura mais ilustre do mundo
religioso... Saul em meio aos profetas, de ombros é mais alto do que
qualquer um dentre o povo.”
O Teólogo e professor alemão, Helmuti Thielicke,
declarou: “vendam toda a literatura cristã que possuírem
(incluindo a literatura atual) e comprem Spurgeon, mesmo que tenham
de buscá-los em livrarias de segunda mão. Deixem que ele seja para
vocês um Sócrates, que lhes ajude a encontrar seu próprio
caminho.” Andrew Blackwood perguntou: “Quem desde Paulo tem
trabalhado tanto para o avanço do Reino de Deus?” Phant e Pison
afirmaram: “o estilo oratório de Spurgeon foi o melhor jamais
produzido pelo púlpito cristão.” B. H. Carroll, educador batista,
mencionou que Spurgeon se destaca como o maior pregador de toda a
história da Igreja Cristã. Ele chamou Spurgeon de “o maior homem
dos tempos modernos”.
A razão pela qual Spurgeon atraiu tantos elogios é
compreensível. A simples montanha de textos que produziu em seus
anos em Londres foi assombrosa. Durante quase quatro décadas de
ministério, Charles agregou quase 14.000 novos membros em sua
igreja. No momento de sua morte em 1892, já haviam sido publicados
2.241 sermões. Depois disso, publicou-se um sermão por semana até
1917, que somam um total de 3.561 sermões. Durante algum tempo, os
sermões de Spurgeon eram enviados via telégrafo aos Estados Unidos
e eram impressos em jornais seculares nas edições de segunda-feira.
Muitos consideram Spurgeon um dos 10 maiores autores ingleses, com
cerca de 300 milhões de cópias de sermões e livros impressos. Seus
livros vivem hoje.
Alguém poderia explicar essa popularidade argumentando
que os ingleses vitorianos eram religiosos ao extremo. Eram
conhecidos como uma nação que “gostava de pregações”, e
Spurgeon se converteu em seu tempo, no príncipe dos pregadores.
Multidões vieram escutá-lo. Também liam com avidez os seus
sermões. Era natural argumentar que seus heróis eram religiosos.
Mas
o
orador
londrino
tornou-se
muito
mais
do
que
um
mero
fenômeno
sociológico.
O
que
Spurgeon
possuía?
O
que
era
esse
“algo
a
mais”
que
cativou
o
seu
tempo?
A
resposta
é
simples,
porém
muito
profunda:
Charles
Spurgeon
cumpriu
o
papel
de
um
cristão
genuíno,
um
verdadeiro
homem
de
Deus,
envolvido
em
outra
peregrinação
no
contexto
de
um
avivamento
espiritual
genuíno.
Um
avivamento
surgiu
ao
redor
de
Spurgeon
pouco
tempo
depois
de
ter
começado
seu
ministério
em
Londres.
Nas
palavras
de
Spurgeon:
“temos
sentido
em
nossas
almas,
não
que
talvez
possamos
ter
um
avivamento,
mas
que
devemos
tê-lo.
Devemos
nos
aproximar
do
Anjo
do
Pacto
e
lutar
renovadamente
com
a
determinação
de
que
não
permitiremos
que
se
vá,
a
menos
que
nos
abençoe.”
O “Anjo do Pacto” não decepcionou o pregador, pois
durante quase quarenta anos, as bençãos do avivamento fluíram e
alimentaram em seu ministério. Isto torna-se mais e mais evidente
enquanto caminhamos com este “peregrino” do século XIX, rumo à
“Cidade Celestial”.
Prerrequisitos de um Avivamento
Vamos tocar brevemente num tema muito importante, que é
“o avivamento”, que de maneira tão significativa se encontrou
presente no ministério singular de Spurgeon. Que tipo de servo de
Cristo é exigido como pastor de uma igreja grande e crescente, que
experimenta um significativo avivamento espiritual? As respostas são
varias:
1) De
modo
fundamental,
um
bem
sucedido
servo
do
Evangelho
tem
que
ser
um
ministro
pleno
do
Espírito
Santo.
Spurgeon
exemplificou
suficientemente
o
significado
“para
que
sejais
cheios
de
toda
a
plenitude
de
Deus
(Ef
3.19)
Spurgeon experimentou a plenitude do Espírito de forma
profunda. Contudo, igual a muitos homens espirituais bem sucedidos,
tinha muitos críticos. Apesar disso, Spurgeon pregava com grande
poder espiritual. Houve muitas conversões entre aqueles que o
escutaram. Era um homem “poderoso com Deus”.
2) Um
espírito
livre,
desprovido
do
peso
da
tradição,
constitui
outro
prerrequisito
para
ser
útil.
Spurgeon
não
podia
ser
sujeitado
pela
rígida
sociedade
Vitoriana
de
seu
tempo.
Tornou-se
em
um
extraordinário
inovador
de
primeira
magnitude.
A
pregação
que
fluiu
do
seu
púlpito
gerou
uma
revolução.
Foi
criticado
pelos
londrinos
da
alta
sociedade
como
vulgar
e
cruel,
mas
seu
afiado
estilo
anglo
saxônico
intrigava
e
cativava
o
povo
comum,
de
tal
maneira
que
milhares
iam
para
escutar
sua
simples
oratória.
O
próprio
Spurgeon
alegrava-se
pela
sua
simples
pregação
vulgar.
Dizia:
“Se
eu
fui
salvo
por
um
Evangelho
simples,
sou
obrigado
a
pregar
esse
mesmo
Evangelho
simples
até
que
eu
morra,
para
que
todos
sejam
salvos
por
ele.
Quando
cessar
de
pregar
a
salvação
pela
fé
em
Jesus,
ponham-me
num
manicômio,
pois
podem
ter
certeza
que
eu
perdi
a
razão.”
Todas
as
suas
obras
falam
a
esse
respeito.
Os
carentes
sentiam
que
finalmente
haviam
encontrado
um
espírito
livre
que
guiaria
os
membros
da
igreja
a
fazer
o
que
fosse
necessário
para
satisfazer
as
peremptórias
necessidades
dos
pobres.
Spurgeon,
como
um
pássaro
libertado
subitamente
da
sua
gaiola,
voou
com
uma
mensagem
de
fascinante
liberdade
e
frescor,
que
levou
esperança
em
suas
asas
para
os
problemas
sociais
e
espirituais
de
Londres
e
do
mundo.
E
a
gente
comum
o
escutava
com
gosto.
3) Alem
do
mais,
um
bem
sucedido
ministro
de
Jesus
Cristo
deve
ser
um
bom
pensador,
um
pensador
disciplinado.
Spurgeon
poderia
pensar?
Ele
nunca
recebeu
uma
educação
teológica
formal.
O
criticaram
muito
por
isso.
Alguns
críticos
lhe
qualificaram
como
“tedioso”
e
outros
de
“estúpido”.
Spurgeon
tinha
planos
de
estudar
em
um
instituto
teológico,
mas
as
circunstâncias
conspiraram
contra
ele.
Contudo,
estava
muito
longe
da
mediocridade
mental.
Possuía
um
intelecto
brilhante.
Toda
sua
carreira
como
pregador
provou
isto.
Era
um
leitor
ávido
e
possuía
uma
memória
fotográfica.
Podia
classificar
em
sua
mente
tudo
que
lia;
e
possuía
um
dom
incomum
para
recordar
imediatamente
o
que
precisava.
Acumulou
milhares
de
livros
e
a
maioria
era
pesados
volumes
teológicos.
Seus
comentários
e
observações
ás
margens
nos
falam
de
como
prodigiosamente
os
lia.
Era
um
pensador
e
estudioso
extremamente
capaz.
4) Um
ministro
também
deve
ser
humano.
Spurgeon
respondia
essa
exigência.
Amava
as
pessoas
e
seu
senso
de
humor
era
contagioso
e
notório.
Por
exemplo,
durante
uma
eleição
parlamentar
geral,
Spurgeon
veio
muito
tarde
para
um
compromisso
no
qual
ele
deveria
falar.
Explicando
seu
atraso,
explicou
que
tinha
parado
para
votar.
“Votar?!
Mas
meu
querido
irmão,
eu
pensei
que
você
era
um
cidadão
da
Nova
Jerusalém?!”
-
perguntou
um
crítico
extremamente
piedoso.
“Eu
sou
– respondeu
Spurgeon,
mas
meu
'velho
homem'
é
um
cidadão
deste
mundo;”
“Ah!
Mas
você
deveria
mortificar
seu
'velho
homem'”
-
replicou
o
crítico.
“Isso
é
exatamente
o
que
sou
-
argumentou
Spurgeon
-,
pois
meu
'velho
homem'
é
um
membro
do
do
Partido
Conservador
e
eu
me
forcei
a
votar
a
favor
dos
Liberais”
E
assim
encerrou
o
encontro.
Spurgeon recebeu críticas consideráveis por injetar
uma boa dose de humor em seus sermões. Defendia-se dizendo: “Se
vocês soubessem tudo o que guardo, tudo o que não digo, vocês não
me criticariam.” Um detalhe interessante do seu senso de humor nos
é mostrada na forma que ele preencheu uma solicitação de seguro de
vida: no questionário médico uma das perguntas era: Tem convulsões
desde a infância? A resposta de Spurgeon foi: “não, a menos que
se refiram a convulsões de risada.”
Não obstante, Spurgeon tinha seu lado profundamente
sério. Frequentemente sofria de depressão, como se verá durante o
desenrolar de sua peregrinação: sofria de gota reumática, entre
outras coisas; mesmo em suas pregações, eram situações que o
deixavam muito tenso. Os diáconos tinham que vir e orar por ele.
Comentava: “Cada vez que tenho que pregar me sinto terrivelmente
enfermo, literalmente enfermo, e me sinto como se estivesse cruzando
o Canal da Mancha.”
5)
O
ministro
que
anseia
ser
poderoso
diante
Deus
deve
sentir
a
paixão
de
anunciar
ao
povo
a
fé
em
Cristo.
A
verdadeira
fé.
A
fé
salvadora.
E
nisto
Spurgeon
era
notável.
Seu
ministério
evangelístico
era
poderoso
e
tão
profundamente
apreciado
como
seu
ministério
pastoral,
sua
pregação
e
suas
obras
sociais.
Pregava
em
campos
e
estádios,
em
teatros,
ao
ar
livre
e
em
qualquer
e
em
qualquer
lugar
que
se
reunisse
o
povo.
Se
papel
de
pastor
evangelista
foi
o
que
destacou
seu
ministério.
O
próprio
Spurgeon
dizia:
“não
posso
estar
contente
nem
sequer
cinco
minutos,
senão
estou
tratando
de
fazer
algo
por
Cristo”
Também
dizia:
“Eu
prefiro
ser
o
instrumento
de
salvação
de
uma
alma,
do
que
ser
o
maior
orador
da
Terra.”
Transmitia
essa
paixão
aos
outros.
Em
1867
o
Tabernáculo
Metropolitano
contava
com
250
membros,
todos
envolvidos
na
obra
evangelística.
Mais
ainda,
Spurgeon
se
deu
conta
de
que
se
Londres
devia
ser
conquistada
para
Cristo,
o
evangelismo
deveria
concentrar-se
em
plantar
novas
igrejas.
Neste
trabalho
Charles
alcançou
a
excelência.
Sabia
que
uma
paixão
pelas
almas
devia
resultar
resultar
em
uma
obra
sensivelmente
prática,
como
iniciar
novas
congregações.
Comentava:
“Quando
vocês
lamentam-se
pela
desigualdade
do
mundo,
chorar
não
produzirá
nada
se
o
choro
não
for
acompanhado
pela
ação”.
Como
resultado
disso,
já
em
1878,
quarenta
e
oito
novas
igrejas
haviam
sido
estabelecidas
sob
sua
supervisão,
somente
na
área
metropolitana
de
Londres.
As
conversões
foram
inumeráveis.
6)
Além
do
mais,
para
alguém
ser
usado
no
avivamento,
a
oração
e
a
tribulação
são
essenciais.
A
tribulação
parece
sempre
ter
um
papel
vital
na
preparação
de
um
servo
de
Deus
para
que
exerça
um
grande
serviço
,
por
parte
do
Espírito
Santo.
As
provas
que
Spurgeon
suportou
são
lendárias.
Através
de
toda
a
sua
vida
experimentou
provas
o
levaram
ao
desespero,
e
graças
a
elas,
pôs-se
de
joelhos.
Mas
o
desespero
sempre
inspira
a
oração.
Felizmente,
Spurgeon
herdou
uma
igreja
que
orava
constantemente.
Ele
sabia
e
afirmava:
“as
reuniões
de
oração
são
a
máquina
propulsora
da
igreja.”
Como
orava
a
sua
congregação!
Eles
oraram
para
que
se
desse
um
avivamento.
Mas
a
oração
deve
ser
tanto
pessoal
quanto
coletiva.
Como
orava
Spurgeon.
Parecia
orar
em
um
espírito
de
oração
contínua.
Não
era
dado
a
orações
formais,
mas
orava
sem
cessar.
Podia
passar
imediatamente
de
uma
conversa
com
um
amigo
à
uma
oração.
7)
Sobre
tudo,
um
homem
de
Deus,
para
ser
usado
significativamente
por
Deus,
deve
ser
simplesmente
isso:
um
homem
de
Deus.
Spurgeon
tinha
muitos
dons
incomuns.
Uma
mente
brilhante
e
uma
personalidade
cativante.
Possuía
uma
voz
maravilhosa
e
seu
dom
natural
para
a
oratória
surpreendia
as
multidões
que
foram
escutá-lo.
Podia
organizar
seu
trabalho
de
forma
assombrosa,
mas
acima
de
tudo,
amava
a
Jesus
Cristo
de
todo
o
coração.
Dízia:
“preferia
ser
santo
a
ser
feliz,
se
ambas
as
coisas
estivessem
dissociadas.”
Spurgeon
tinha
um
propósito
e
uma
meta:
exaltar
ao
seu
Salvador
com
uma
vida
piedosa
e
uma
pregação
do
Evangelho
com
poder.
Resumindo,
Spurgeon,
levantado
pelo
avivamento
do
Espírito
Santo,
iniciou
uma
peregrinação
que
daria
a
Inglaterra
e
ao
mundo
um
dos
maiores
ministérios
pastorais,
evangelísticos
e
sociais.
O
homem
chamado
Cristão
havia
deixado
o
mundo
pronto
para
o
descobrir.
Apresentar um registro cronológico rígido da
peregrinação de Charles Haddon Spurgeon, seria muito difícil e de
pouco proveito. É preciso entender a dinâmica do seu ministério
Portanto essa apresentação será tanto tópica quanto cronológica,
mas seguiremos uma ordem geral de eventos. Além do mais, para
compreender qualquer personalidade, deve-se entender o tempo e o
lugar em que essa pessoa viveu. Portanto daremos primeiro uma visita
a Londres vitoriana.
* Allán Roman é pastor batista reformado, formado em Teologia pelo Spurgeon College, Londres, e com pós-graduação no London Bible College, autor do livro "Otro Peregrino", do qual este texto foi retirado, e de centenas de sermões de C.H. Spurgeon para o espanhol.
Tradução: Fabio Farias
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